Presidente da Conferência Episcopal da Nigéria classifica de «aberrante» a nova estratégia dos terroristas do Boko Haram, ao usarem adolescentes como bombas humanas para cometerem atentados
Presidente da Conferência Episcopal da Nigéria classifica de «aberrante» a nova estratégia dos terroristas do Boko Haram, ao usarem adolescentes como bombas humanas para cometerem atentados Depois dos últimos atentados cometidos por três meninas que detonaram explosivos presos no corpo no meio da multidão, provocando 27 mortos no norte da Nigéria, o presidente da Conferência Episcopal nigeriana e arcebispo de Jos, Ignatius Kaigama, emitiu um comunicado a condenar a nova estratégia dos terroristas do Boko Haram, que classifica de aberrante e inimaginável. Essas meninas foram doutrinadas, fizeram nelas uma lavagem cerebral para fazê-las acreditar que iriam para o paraíso realizando essas ações. Por outro lado, temos bem presente o triste fenómeno dos meninos-soldado em várias regiões da África, que são doutrinados com terrificantes metodologias de lavagem cerebral para se tornarem máquinas de matar, refere o arcebispo no documento, difundido pela agência Fides. Para Ignatius Kaigama, é preciso fazer mais para travar a violência: Penso na grande manifestação de Paris contra os assassinatos ocorridos na França. auspicio também aqui uma grande manifestação de unidade nacional que supere as divisões políticas, étnicas e religiosas, para dizer não à violência e encontrar uma solução aos problemas que afligem a Nigéria. O avanço em várias áreas do norte da Nigéria do movimento extremista provocou a fuga de milhares de civis. Entre os deslocados, há vários sacerdotes cujas paróquias foram destruídas. Mas é preciso destacar que não há distinção entre cristãos e muçulmanos: todos fugiram da violência do Boko Haram, também porque em várias famílias existem cristãos e muçulmanos que convivem pacificamente. Quem não compartilha a ideologia de Boko Haram, e entre estes muitos muçulmanos, é obrigado a fugir, sublinha o prelado.