Cinco anos depois do terramoto que arrasou o norte de Porto Prí­ncipe dezenas de milhares de haitianos continuam sem um teto para se abrigarem. algumas famílias foram obrigadas a abandonar os acampamentos provisórios
Cinco anos depois do terramoto que arrasou o norte de Porto Prí­ncipe dezenas de milhares de haitianos continuam sem um teto para se abrigarem. algumas famílias foram obrigadas a abandonar os acampamentos provisórios a amnistia Internacional (aI) denunciou esta quinta-feira, 8 de janeiro, que há dezenas de milhares de haitianos sem lugar para viver, cinco anos depois do terramoto que destruiu o norte de Porto Príncipe, uma das maiores catástrofes humanitárias do pequeno país. No relatório que sustenta a denuncia são documentados casos de pessoas que foram desalojadas à força dos acampamentos provisórios, construídos após o sismo, para albergar as vítimas. Segundo os dados oficiais, 1,5 milhões de pessoas perderam as suas casas no terramoto, que derrubou 70 por cento das construções da capital haitiana, convertida desde então num monte de escombros e acampamentos provisórios. Há cinco anos, o mundo inteiro estava concentrado no Haiti, depois do devastador terramoto. Porém, esta atenção foi diminuindo, apesar de dezenas de milhares de pessoas continuaram sem casa e na miséria, lamenta a investigadora da aI para o Caribe, Chiara Liguori. Neste momento, existem 123 campos para deslocados internos, que albergam cerca de 85 mil pessoas. Mas embora o número de residentes nos campos tenha reduzido consideravelmente desde 2010, mais de 22 mil famílias continuam sem ter uma vivenda adequada, adianta a responsável, sublinhando que as condições de vida em muitos campos são extremas. a comunidade internacional prometeu ajuda ao governo haitiano para financiar a reconstrução de Porto Príncipe, mas a verdade é que os programas só oferecem medidas temporárias. Menos de 20 por cento das soluções de alojamento podem ser classificadas de duradouras, pois as pequenas estruturas fabricadas com materiais ligeiros estão concebidas para durar apenas entre três a cinco anos, alerta Liguori.