Taxa de risco de pobreza dos emigrantes aumentou no último ano e é superior ao da população em geral. Mais de metade diz ter dificuldades em fazer face às despesas correntes
Taxa de risco de pobreza dos emigrantes aumentou no último ano e é superior ao da população em geral. Mais de metade diz ter dificuldades em fazer face às despesas correntes O arcebispo do Luxemburgo, Jean Claude Hollerich, pediu esta semana a intervenção das organizações católicas, através da entrega de cabazes de alimentos, para fazer face ao aumento dos casos de pobreza entre os trabalhadores portugueses no país. Quase um quarto dos emigrantes lusos está abaixo do limiar da pobreza e o risco de caírem na miséria é muito superior ao da população em geral.começa a haver problemas também com quem cá está há vários anos, e que até gozavam de uma situação de estabilidade, mas que começam a sofrer com o desemprego ou se veem em dificuldades porque o marido ficou incapacitado ou porque houve um divórcio. as pessoas são resistentes e pensam que a vida vai melhorar, mas sofrem muito, e mesmo assim não querem regressar a Portugal, porque dizem que lá não veem futuro. Já vi aqui pessoas a chorar, contou à agência Lusa amílcar Monteiro, agente sócio-educativo no Serviço de Solidariedade e Integração da Cáritas. Segundo o último relatório Coesão Social e Emprego, realizado pelo instituto de estatísticas do Luxemburgo, o ano passado 22,1 por cento dos trabalhadores portugueses viviam com menos de 1. 665 euros por mês, um valor que é considerado no limiar da pobreza, tendo em conta que as rendas de casa podem ultrapassar os mil euros.com rendimentos mais baixos, 59 por cento dos emigrantes diz ter dificuldades para fazer face às despesas correntes, contra apenas 19 por cento dos luxemburgueses.