Numa mensagem para o Dia Internacional dos Migrantes, Ki-moon destaca que a «persistente discriminação» contra os migrantes «gera profundas desigualdades e, geralmente, leva à violência e ataques fatais»
Numa mensagem para o Dia Internacional dos Migrantes, Ki-moon destaca que a «persistente discriminação» contra os migrantes «gera profundas desigualdades e, geralmente, leva à violência e ataques fatais»O Dia Internacional dos Migrantes é comemorado esta quinta-feira, 18 de dezembro. Numa mensagem para assinalar a data, Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, pede a proteção dos direitos humanos dos 232 milhões de migrantes no mundo. O responsável recorda que muitos migrantes vivem e trabalham em condições precárias e injustas e muitos arriscam em travessias pelo mar tentando chegar a um local seguro.
Ki-moon destaca que os migrantes e os seus filhos são extremamente vulneráveis à exploração e abusos. Muitos têm a sua liberdade restringida e a persistente discriminação contra o grupo gera profundas desigualdades, ameaça o tecido social da sociedade e, geralmente, leva à violência e ataques fatais, frisa.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a agenda de desenvolvimento pós-2015 oferece uma oportunidade para se garantir que as populações mais pobres e mais marginalizadas se tornem prioridades dos governos. Por sua vez, William Lacy Swing, diretor-geral da Organização Internacional para Migrações (OIM), pede uma ação urgente para salvar a vida dos migrantes e para impedir contrabandistas de explorarem o desespero dessas pessoas com o intuito de extorquir dinheiro.
Só este ano, quase cinco mil migrantes perderam a vida em viagens arriscadas pelo mar, desertos ou montanhas, em busca de uma vida melhor. De acordo com a OIM, 2014 foi o ano com o maior registo de mortes, o dobro do ano anterior. William Lacy Swing aponta que o mundo tem hoje 33,3 milhões de deslocados internos e 16,7 milhões de refugiados. Este é o número mais alto registado desde a Segunda Guerra Mundial.