a maioria dos migrantes que chegou à Itália pelo mar este ano era Síria. Logo depois estão os eritreus. ainda este ano houve um aumento da chegada de pessoas de Bangladesh e da Palestina
a maioria dos migrantes que chegou à Itália pelo mar este ano era Síria. Logo depois estão os eritreus. ainda este ano houve um aumento da chegada de pessoas de Bangladesh e da Palestinaapesar das condições em alto mar terem piorado durante o mês de novembro, os contrabandistas continuaram a encontrar formas de enviar para a Europa pessoas que procuravam refúgio, indica a Organização Internacional para Migração (OIM). Números divulgados pelo Ministério do Interior da Itália mostram que entre 1 de janeiro e 30 de novembro, o país resgatou 163,3 mil migrantes que faziam a travessia de barco.
No último mês, o mau tempo fez com que o total de chegadas fosse de 9,9 mil pessoas, apenas um terço do número registado em setembro. Os sírios formaram o maior grupo de migrantes, com 40 mil pessoas deixando o país rumo à Itália. a maioria saiu de barco a partir da Turquia. De seguida estão os eritreus, com 34 mil pessoas resgatadas.
Os civis da África Subsaariana deixaram a região através da Líbia e a OIM está a investigar se esta pode ser uma nova tendência. Em 2014, houve também um aumento da chegada de pessoas de Bangladesh e da Palestina, em comparação com os números de 2013.
Na semana passada, funcionários da OIM forneceram assistência a quase 400 migrantes que chegaram o porto de augusta, na região da Sicília. Testemunhas contam que o grupo viajava num grande barco pesqueiro que deixou a Turquia no final de novembro. a maioria era síria e palestiniana. algumas famílias disseram à OIM que abandonaram a cidade síria de Kobane em setembro e passaram a viver num campo para refugiados na Turquia. Contudo, as condições difíceis no local, como a falta de leite para as crianças, motivaram os civis a procurar abrigo na Itália.
Para poderem financiar a travessia de barco, os migrantes precisaram de vender os seus pertences, como objetos de ouro. Cada indivíduo com mais de sete anos de idade precisou de pagar para ter lugar na viagem. a OIM tem conhecimento de que os contrabandistas na Turquia cobram cada vez mais para fazer a perigosa travessia à Europa pelo mar.
No início deste mês, a organização entrevistou centenas de migrantes da África Subsaariana que sobreviveram a tragédias em alto mar. a maioria dos sobreviventes provém da Nigéria, do Senegal e do Mali. Segundo a OIM, desde o início do ano, 3,5 mil africanos perderam a vida ao tentar chegar à Europa pelo mar, a maioria devido a acidentes do Mediterrâneo. O número é seis vezes mais que o registado ano passado.