a amnistia Internacional acusa as autoridades filipinas de continuarem a fazer uso da tortura com os detidos, apesar desta prática estar proibida por lei há cinco anos e estarem previstas punições severas
a amnistia Internacional acusa as autoridades filipinas de continuarem a fazer uso da tortura com os detidos, apesar desta prática estar proibida por lei há cinco anos e estarem previstas punições severas Um estudo da amnistia Internacional (aI) divulgado esta semana conclui que a polícia filipina continua a fazer uso da tortura, uma prática que continua a ser muito usada no país, apesar de ter sido proibida por lei há cinco anos e ser castigada severamente. as autoridades justificam a atuação com a insuficiência de meios, pois contam apenas com 150 mil agentes para uma população de 100 milhões de habitantes. Segundo a aI, a polícia, que tem passado por várias campanhas de combate à corrupção e abuso de poder, carece de experiência de investigação e de instalações forenses, pelo que utiliza com frequência os castigos ilegais para extrair informações ou confissões. algumas vítimas, incluindo menores de idade, denunciaram uma ampla gama de abusos, como a roleta russa, descargas elétricas, espancamentos e privação de alimentos ou de água. O estudo revela ainda que desde a entrada em vigor da penalização desta prática, em 2009, nenhum polícia fui condenado. Em muitos casos, as detenções e as torturas são realizadas por pessoas sem uniforme ou insígnia, que não disponibilizam informação nem dão justificações às vítimas.