Vilarejo conhecido pela impunidade com que se movimentam os traficantes de órgãos humanos. Quase todos os habitantes conhecem alguém que vendeu pelo menos um rim no mercado ilegal
Vilarejo conhecido pela impunidade com que se movimentam os traficantes de órgãos humanos. Quase todos os habitantes conhecem alguém que vendeu pelo menos um rim no mercado ilegalO tráfico ilegal de órgãos humanos continua a ser praticado impunemente em todo o mundo e a vila de Hokshe, no Nepal, transformou-se quase numa capital deste fenómeno, tal a quantidade de negócios que se fazem sem que seja conhecida a intervenção das autoridades. O rim é o órgão mais vendido, porque pode ser retirado do dador em vida, e há quem comercialize os próprios órgãos para comprar uma casa, oferecer uma vida digna à própria família, ou para suportar tratamentos médicos. Segundo informações veiculadas pela agência Fides, Hokshe está no centro do tráfico ilegal de órgãos há décadas. Dos quatro mil habitantes, 121 venderam pelo menos um rim, mas as estimativas não oficiais asseguram que este número é muito superior. O facto é que a localidade, constituída por pequenas empresas agrícolas e casas em barro, já ganhou o nome de banco do rim. Durante anos, os traficantes procuraram trabalhadores braçais e agricultores pobres entre as montanhas fora de Kathmandu, e muitos, analfabetos, cederam.com a promessa de lucros de centenas de milhares de euros, os doadores são obrigados a ir para a Índia para as operações cirúrgicas. apesar das sucessivas campanhas de sensibilização, e de um controle mais apurado por parte da polícia, que permitiu a detenção de uma dezena de traficantes em 2013, o tráfico ilegal mantém-se.