a liberdade religiosa no mundo «entrou numa fase de declí­nio grave», conclui o relatório bianual da Fundação ajuda à Igreja que Sofre. O estudo foi feito com base numa análise a 196 países
a liberdade religiosa no mundo «entrou numa fase de declí­nio grave», conclui o relatório bianual da Fundação ajuda à Igreja que Sofre. O estudo foi feito com base numa análise a 196 países a violência cometida em nome da fé está a aumentar. Esta é a conclusão a que chegaram os autores do relatório internacional sobre liberdade religiosa, cuja versão em português será apresentada esta terça-feira, 4 de outubro, na assembleia da República. Dos 196 países analisados, entre outubro de 2012 e junho de 2014, pelo menos 81 registam casos de perseguições graves ou moderadas. Segundo o estudo, promovido pela organização católica Fundação ajuda à Igreja que Sofre (aIS), afeganistão, República Centro-africana, Egito, Irão, Iraque, Líbia, Maldivas, Nigéria, Paquistão, arábia Saudita, Somália, Sudão, Síria, Iémen, Birmânia, China, Eritreia, Coreia do Norte, azerbaijão e Uzbequistão são os piores países em matéria de liberdade religiosa. Quanto aos progressos em matéria de intolerância, apenas seis países conseguiram melhorar a situação: Cuba, Emirados Árabes Unidos, Irão, Qatar, Zimbabué e Taiwan. O relatório, citado pela agência Lusa, revela ainda que os cristãos são o grupo religioso mais perseguido, mas identifica também perseguições a grupos minoritários muçulmanos e o aumento das ameaças e violência sobre as comunidades judaicas em algumas zonas da Europa ocidental. Os responsáveis da aIS detetaram tendências perturbadoras em matéria de liberdade religiosa e defendem, por isso, que a responsabilidade de combater a violência e a perseguição pertencem em primeiro lugar às próprias comunidades religiosas. a necessidade de todos os líderes religiosos proclamarem em voz alta a sua oposição à violência de inspiração religiosa e de reafirmarem o seu apoio à tolerância religiosa estão a tornar-se cada vez mais urgentes, sustentam.