Os líderes religiosos do Quénia estão a apoiar os cidadãos afetados pelas alterações climáticas, através da construção de barragens, paredes de cimento e formação de pequenos agricultores
Os líderes religiosos do Quénia estão a apoiar os cidadãos afetados pelas alterações climáticas, através da construção de barragens, paredes de cimento e formação de pequenos agricultoresNuma altura em que as alterações climáticas afetam comunidades no Quénia, os líderes religiosos deste país africano estão a ajudar as populações a lidar com a crise localmente, e a pedir às nações industrializadas para assumirem as suas responsabilidades no que concerne à emissão de gases com efeito estufa para a atmosfera.
acho que [os países industrializados] são responsáveis pela maioria das emissões. Têm a responsabilidade de apoiar a adaptação às alterações climáticas e mitigação como uma obrigação moral, considera Peter Solomon Gichira, responsável pelo programa de alterações climáticas da all africa Conference of Churches. Mas nós também temos um papel a desempenhar porque também não tivemos boas ações para com o ambiente, disse, de acordo com o Huffington Post.
Segundo especialistas em alterações climáticas, são as populações que vivem no Hemisfério Sul que sofrem os maiores efeitos. as secas tornaram-se mais rigorosas e constantes, sendo seguidas por períodos de grandes chuvas e cheias. as temperaturas estão mais altas e os padrões meteorológicos são mais difíceis de antever.
No leste do Quénia, as comunidades estão a erigir estruturas conhecidas como barragens de areia com o apoio do Comité Central de Mennonite. Na região cristã de Utooni, as populações estão a erguer paredes de cimento ao longo do leito de um rio seco, que permite travar ou acelerar o rápido escoamento das águas pluviais para o Oceano Índico, com a ajuda da Organização de Desenvolvimento de Utooni.
No sopé do Monte Quénia, a Trade Craft East africa, uma ONG e os Serviços Comunitários Cristão do Leste do Monte Quénia estão a ajudar os pequenos agricultores a adaptarem-se às alterações climáticas através do uso de técnicas modernas e tradicionais de previsão meteorológica. Estes métodos resultam numa boa colheita, destaca Eston Njuti, membro de uma associação britânica cristã, que financiou o projeto juntamente com a diocese anglicana de Mbeere.