a violência sexual tornou-se uma caracterí­stica fundamental do conflito no Sudão do Sul, declarou representante especial das Nações Unidas para a violência sexual em conflitos. O uso generalizado da violação pode finalmente ser travado
a violência sexual tornou-se uma caracterí­stica fundamental do conflito no Sudão do Sul, declarou representante especial das Nações Unidas para a violência sexual em conflitos. O uso generalizado da violação pode finalmente ser travado Maiores esforços políticos e jurídicos por parte do governo e da sociedade civil sul-sudaneses podem ajudar a travar o uso generalizado da violação, num conflito em que a violência sexual tornou-se uma característica fundamental. Numa conferência de imprensa realizada segunda-feira, 20 de outubro, na sede da ONU, após a sua primeira missão ao Sudão do Sul, para avaliar a situação da violência sexual em conflitos no país, a representante especial das Nações Unidas para a violência sexual em conflitos, Zainab Hawa Bangura, explicou que em 30 anos de experiência que tem nunca tinha visto nada parecido com o que testemunhou no norte da cidade de Bentiu, onde centenas de civis foram massacrados em abril deste ano e muitos mais foram violadas. Segundo relatos, os incidentes de violência sexual em Bentiu incluem violação, violação coletiva, aborto forçado e assédio sexual. Entre os seus autores há membros Exército de Libertação do Povo do Sudão (SPLa), o serviço nacional de polícia do Sudão do Sul e, mais recentemente, o Movimento Justiça e Equidade (JEM), que controlaram a cidade à vez. Os combatentes têm usado a estação radiofónica local, a Rádio Bentiu FM, para transmitir um discurso de ódio instigando os homens a cometerem violência sexual contra mulheres e raparigas, com base na sua etnia e filiações políticas.