a decisão não foi fácil, mas o sentido de missão e o respeito pelo carisma do fundador falaram mais alto. Depois de 14 anos a trabalhar na Coreia do Sul, Eugénio Cumpián, aceitou liderar a equipa de missionários que vai para a nova missão em Taiwan
a decisão não foi fácil, mas o sentido de missão e o respeito pelo carisma do fundador falaram mais alto. Depois de 14 anos a trabalhar na Coreia do Sul, Eugénio Cumpián, aceitou liderar a equipa de missionários que vai para a nova missão em TaiwanQuando se tem 49 anos e se é confrontado com a necessidade de aprender um idioma difícil como o chinês e o mandarim, fica-se sempre com um pouco de receio, mas o desafio da missão é mesmo esse: deixar a terra conhecida e partir para a terra desconhecida, que um dia será também a nossa terra. Depois de 14 anos a evangelizar na Coreia do Sul, Eugénio Boatella Cumpián foi surpreendido com o convite para coordenar a abertura da nova missão do Instituto Missionário da Consolata, em Taiwan. Pensou muito antes de aceitar. Sentia-se bem junto dos sul-coreanos e eles nutriam grande carinho pelo seu trabalho, a tal ponto que na cerimónia de despedida, as lágrimas de saudade escorreram descontroladas pelo rosto dos fiéis. Porém, impunha-se responder positivamente a este desafio de Deus. Se é o que Deus quer, tenho que me pôr nas suas mãos e confiar, sobretudo porque esta nova abertura na Ásia representa a essência, o espírito mais profundo do nosso Instituto, que é ir até aos não cristãos. Por isso, não podia dizer que não, porque seria trair a mim mesmo e à minha vocação, explica o missionário. a tarefa não se avizinha fácil.com uma população estimada em 23 milhões de pessoas, Taiwan conta apenas com cerca de 300 mil cristãos e a maioria dos habitantes não parece muito recetiva ao Evangelho e ao cristianismo. as paróquias têm entre 40 a 50 fiéis e apesar do grande esforço dos missionários, o crescimento será sempre lento. Mas Eugénio Cumpián está confiante e preparado para não desanimar, mesmo que os frutos tardem em aparecer. Vai ser necessária muita criatividade, muita paciência, para poder, pouco a pouco, chegar ao coração das pessoas, mas é esse o nosso carisma, a essência do que o nosso fundador nos deixou: anunciar o Evangelho aos não cristãos, sublinha o sacerdote espanhol.como o estudo do idioma local demora pelo menos dois anos, Eugénio Cumpián e os dois missionários que o acompanham – Piero Demaria (italiano) e Mathews Odhiambo (queniano) – preferiram não se comprometer, para já, com responsabilidades paroquiais ou diocesanas. Enquanto estudamos, vamos aproveitando para ir conhecendo a realidade cultural e visitando as atividades pastorais. Só depois tomaremos a decisão onde queremos trabalhar e que tipo de trabalho queremos fazer, explicou o missionário, pedindo a toda a família missionária que acompanhe esta nova aventura através da oração.