as mulheres que vivem em meio rural são responsáveis por metade da produção de alimentos a nível mundial. Mas continuam a ficar mais pobres e mais vulneráveis às violações de direitos humanos
as mulheres que vivem em meio rural são responsáveis por metade da produção de alimentos a nível mundial. Mas continuam a ficar mais pobres e mais vulneráveis às violações de direitos humanos apesar dos índices de fome e da pobreza terem diminuído nas últimas décadas a nível mundial, o número de mulheres pobres aumentou, sobretudo na américa Latina e Caribe, revela a Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação (FaO), sublinhando que nesta região 58 milhões de mulheres vivem em zonas rurais e 4,5 milhões são produtoras agropecuárias, o que as torna indispensáveis na segurança alimentar. Segundo o representante regional da FaO para a américa Latina e Caribe, Raúl Benítez, na américa Latina, 40 por cento das mulheres rurais maiores de 15 anos não têm rendimentos próprios e mais de metade das trabalhadoras agrícolas vivem abaixo da linha de pobreza. Dado que as mulheres têm menos acesso que os homens à propriedade da terra, aos serviços financeiros e a outros meios para aumentar a produção agrícola, todos ficam a perder, pois se as produtoras agrícolas tivessem as mesmas condições que os homens, seria possível alimentar mais 150 milhões de pessoas no mundo, destaca o responsável. Para reverter a situação, é fundamental mudar ideias arcaicas e profundamente arraigadas sobre os papéis do homem e da mulher, que impedem a plena participação das mulheres na adoção de decisões e no desenvolvimento social e económico, defende Raúl Benítez, citado pela agência adital.