«Desde o início da crise financeira, as desigualdades aumentaram», recorda o secretário-geral da ONU, destacando que os vastos abismos entre riqueza e miséria, podem «levar à instabilidade»
«Desde o início da crise financeira, as desigualdades aumentaram», recorda o secretário-geral da ONU, destacando que os vastos abismos entre riqueza e miséria, podem «levar à instabilidade»O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza é comemorado esta sexta-feira, 17 de outubro. Numa mensagem para assinalar a data, Ban Ki-moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), exorta os Estados membros e todos os parceiros a agir de forma decisiva e em conjunto para erradicar a pobreza e construir um futuro sustentável, pacífico, próspero e justo para todos e não apenas para alguns.
O responsável recorda que desde o início da crise financeira, as desigualdades aumentaram. a discriminação contra as mulheres e raparigas, por exemplo, continua a ser uma injustiça flagrante. Para Ki-moon, a pobreza enraizada e o preconceito, e vastos abismos entre riqueza e miséria, podem levar à instabilidade. Onde a pobreza impera, as pessoas não progridem. as vidas desfiguradas pela pobreza são cruéis, más e, muitas vezes, curtas, refere, citado pela Rádio ONU.
Enquanto o mundo prepara a agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015 e procura dar resposta à ameaça das alterações climáticas, não devemos perder de vista a nossa obrigação mais fundamental: a erradicação da pobreza em todas as suas formas, alerta o responsável. Para o secretário-geral da ONU é ainda preciso acabar com a marginalização dos que vivem na pobreza.
Na mesma mensagem, Ki-moon recorda que a meta do Objetivo de Desenvolvimento do Milénio de reduzir para metade o número de pessoas que vivem na pobreza foi alcançada antes do tempo. Segundo o responsável, pelo menos 700 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema entre 1990 e 2010.