No passado dia 28 de Setembro, o governo do Níger afirmou estar a preparar uma reserva de segurança alimentar de 100 mil toneladas e a procurar modernizar a agricultura.
No passado dia 28 de Setembro, o governo do Níger afirmou estar a preparar uma reserva de segurança alimentar de 100 mil toneladas e a procurar modernizar a agricultura. Estas medidas visam evitar a repetição da crise alimentar que assolou o país este ano. À medida que os trabalhadores começam a trazer as suas colheitas, depois de uma fome que afectou um terço da população, o primeiro-ministro Hama amadou anunciou que o governo criou um fundo de nove milhões de dólares para reconstituir as suas reservas alimentares.
as reservas de comida deste ano acabaram antes do esperado devido à escassa colheita do ano passado, causada pela pouca chuva e por uma invasão de gafanhotos.
anunciando os novos planos para constituir reservas, o primeiro-ministro também disse que o pior já passou. Graças à chuva que se tem feito sentir, anunciando boas colheitas, podemos dizer que a crise alimentar já passou, disse numa conferência de imprensa.
Para evitar a repetição de uma crise que forçou as pessoas a alimentar-se de ervas e crianças em pele e osso, amadou disse que o país, na sua grande parte desértico, precisa de dar um passo em frente. O mundo rural tem que mudar o seu modo de pensar, temos que deixar de depender totalmente da chuva, disse. Temos que modernizar a agricultura e cultivar em terra irrigada.
O rio Níger oferece ao país grandes possibilidades de terra irrigada, que uma vez desenvolvida pode produzir mais de 300 mil toneladas de comida por ano, disse o primeiro-ministro. Este ano a nação registou um défice de produção de 223 mil toneladas.
Uma vez conseguido o financiamento necessário, o governo pretende começar a cultivar 80 mil hectares de terra irrigada, capaz de dar três colheitas por ano. Também tem planos para lançar um esquema que visa colocar jovens em quintas completamente mecanizadas e lançar um sistema bancário rural.