Escolas encerradas, programas de vacinação suspensos e doentes remetidos para segundo plano. Este é o cenário que se encontra nos países da África Ocidental mais afetados pelo ví­rus
Escolas encerradas, programas de vacinação suspensos e doentes remetidos para segundo plano. Este é o cenário que se encontra nos países da África Ocidental mais afetados pelo ví­rus Os casos de contágio com o Ébola ainda são maioritariamente na população adulta, mas estão a aumentar fortemente entre os menores, que além da doença estão a enfrentar discriminação e o isolamento, depois de perderem um dos progenitores. Numa entrevista à agência Misna, o responsável do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) na África Central e Ocidental classifica a situação como uma emergência dentro de outra emergência. Segundo Guido Borghese, a epidemia provocou um colapso nos serviços sociais nos três países mais afetados: Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria. as escolas fecharam, os programas de vacinação foram suspensos e os hospitais remetem para segundo plano os doentes normais’. Isto em países em que os cuidados de saúde já não eram os melhores, disse o dirigente. a UNICEF tem estado na primeira linha de combate e prevenção da doença, informando as comunidades e as famílias, para impedir que se difundam notícias falsas ou opiniões equivocadas sobre como prevenir o contágio ou identificar casos suspeitos. Está também a disponibilizar material aos centros de atendimento e tratamento, a formar técnicos e a desenvolver esforços, em conjunto com as autoridades locais, para que as crianças regressem à escola. Para fazer face às despesas, Borghese explicou que foi feito um pedido global de 160 milhões de euros, mas que até agora só foram assegurados 40 milhões. O responsável disse esperar que a consciência internacional se traduza rapidamente em contribuições concretas e salientou a importância de uma maior colaboração dos representantes religiosos e dos chefes tradicionais, pelo ascendente que têm nas comunidades.