Mais de 3. 000 crianças perderam pelo menos um dos seus progenitores na sequência da epidemia de ébola que atinge a Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa, e muitas delas estão a ser recusadas pelos familiares que temem ser infetados
Mais de 3. 000 crianças perderam pelo menos um dos seus progenitores na sequência da epidemia de ébola que atinge a Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa, e muitas delas estão a ser recusadas pelos familiares que temem ser infetados O alerta partiu do diretor regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para África Ocidental e Central. Depois de uma visita de duas semanas à Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa, Manuel Fontaine constatou que pelo menos 3. 700 crianças já perderam um dos progenitores por causa do Ébola e muitas delas não estão a ser acolhidas pelos familiares, por receio que lhes transmitam a doença. Estas crianças precisam urgentemente de atenção e apoio, porque se sentem marginalizadas e abandonadas. Geralmente, os órfãos costumam ficar a cargo de um membro da família mais próxima, mas, em algumas comunidades, o medo que rodeia o Ébola está a ser mais forte que os laços familiares, relatou o responsável. De acordo com Fontaine, a epidemia está a converter uma reação humana básica, como consolar uma criança doente, numa potencial sentença de morte, pelo que grande parte do menores afetados acaba por ficar sem os cuidados mínimos exigidos. Não podemos responder a uma crise desta natureza e escala da forma habitual. Necessitamos de mais coragem, criatividade e agora muito mais recursos, adiantou. a UNICEF precisa de 157 milhões de euros para proporcionar assistência de emergência às crianças e famílias afetadas pelo pior surto de Ébola da história da África Ocidental. Mas até ao momento, só conseguiu reunir 25 por cento desse valor.