Uma operação de repatriamento voluntário, acompanhada pelas Nações Unidas, está a permitir o regresso a casa de milhares de angolanos que se refugiaram na República Democrática do Congo durante a guerra civil
Uma operação de repatriamento voluntário, acompanhada pelas Nações Unidas, está a permitir o regresso a casa de milhares de angolanos que se refugiaram na República Democrática do Congo durante a guerra civil Os cerca de 29 mil angolanos que se refugiaram na República Democrática do Congo (RDC) durante a luta pelo fim do domínio colonial português e a guerra civil estão a preparar-se para regressar ao país, ao abrigo de um programa de repatriamento voluntário apoiado pelo governo e supervisionado pelos serviços da ONU. as primeiras 400 pessoas começaram a deslocar-se em agosto, estando em marcha a fase principal da operação, com a preparação de infraestruturas para acolhimento de mais 1. 800 ex-refugiados, na província de Lunda Norte. Os candidatos ao repatriamento estão a receber documentação das autoridades congolesas, pois muitos deles tinham apenas o documento com que foram registados no momento da fuga. Esta operação será uma das últimas oportunidades para milhares de deslocados receberem ajuda para reconstruir as suas vidas, uma vez que perderam o estatuto de refugiados há dois anos, depois da situação no seu país de origem ter sido considerada definitivamente estabilizada. O Ministério de ajuda e Reinserção do governo de Luanda já prometeu medidas para facilitar a integração e o acesso aos serviços aos repatriados, que deverão enfrentar como principais dificuldades a falta de casa e de trabalho. Dos mais de 550 mil refugiados por causa da guerra civil angolana, perto de 73 mil continuam a viver no estrangeiro, segundo a agência Misna.