Desde Bento XV, que declarou que a Primeira Guerra Mundial era um massacre inútil, até ao Papa Francisco, a pregação e a ação dos Papas tem sido na linha da defesa da paz e oposição às guerras
Desde Bento XV, que declarou que a Primeira Guerra Mundial era um massacre inútil, até ao Papa Francisco, a pregação e a ação dos Papas tem sido na linha da defesa da paz e oposição às guerrasNuma entrevista a Vatican Insider, o historiador da Igreja, Marco Impagliazzo, presidente da Comunidade de Santo Egídio e assessor dos conselhos pontifícios dos Migrantes e da Cultura declarou que a atenção aos pobres, às pessoas com dificuldades e às periferias a que o Papa Francisco tem dado grande ênfase, abriu uma nova fase na Igreja, que renova o seu compromisso pela paz, reconciliação e justiça no mundo.

Isto faz com que o Vaticano tenha retomado o protagonismo nas crises a nível internacional com o objetivo de comunicar o Evangelho, o amor e a misericórdia do Senhor a todos, sobretudo aos mais pobres. Para que os povos e as pessoas voltem a encontrar o espírito de fraternidade que muitas vezes falta, e com ele a paz.

O entrevistado, que nos últimos anos tem estudado a relação entre a Igreja católica e a guerra, afirma que esta é um terreno em que a Igreja não pode viver, porque é uma realidade universal e têm fiéis do mundo inteiro. Desde Bento XV, que declarou que a Primeira Guerra Mundial era um massacre inútil, até ao Papa Francisco, a pregação e a ação dos Papas tem sido para defender a paz e opor-se às guerras.

Segundo Marco Impagliazzo, o Papa é hoje uma figura decisiva na busca da paz a nível mundial. a seu lado, os órgãos da Santa Sé trabalham a favor da paz a nível político e diplomático. Nem tão pouco tem faltado o apoio e o compromisso dos bispos, sacerdotes e leigos na obra enorme da construção da paz. Basta pensar no empenho da Comunidade de Santo Egídio pela paz em África e no diálogo entre as religiões, que hoje volta a ser tão necessário.

Pela sua vocação missionária, hoje a Igreja vê’ com um coração inspirado pelo Evangelho tantas realidades periféricas, de sofrimento e pobreza, e deixa-se interrogar por elas. Sendo uma instituição composta por pessoas, existe sempre a tentação de voltar-se para os problemas internos. Hoje, porém, a palavra do Papa chama a todos a sair.