Grupos de defesa dos direitos humanos exigem às nações do sul de África que ponham fim às violações e garantam a liberdade das suas populações
Grupos de defesa dos direitos humanos exigem às nações do sul de África que ponham fim às violações e garantam a liberdade das suas populaçõesOs líderes políticos dos 15 países-membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África austral (SaDC, sigla em inglês) vão realizar a reunião anual na cidade de Victoria Falls, no Zimbabué, dias 17 e 18 de agosto. a aproximação da cimeira regional motivou grupos de defesa dos direitos humanos a exigir aos países do sul de África um fim às violações e a garantia da liberdade das suas populações.

Numa declaração conjunta, a que a agência Lusa teve acesso, a amnistia Internacional, Human Rights Watch e advogados do Zimbabué pelos Direitos Humanos lamentam a persistência de graves preocupações sobre os direitos humanos em angola, Malaui, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabué.
De acordo com a declaração, a SaDC tem sido criticada pela falta de firmeza junto dos Estados-membros para que façam dos direitos humanos uma prioridade. as Organizações Não Governamentais acusam as autoridades do Zimbabué de não quererem julgar os suspeitos de violência política nas últimas eleições e denunciam o secretismo quanto aos direitos mineiros e à exploração diamantífera naquele Estado.
No mesmo documento, os grupos indicam que a angola e a Suazilândia contêm habitualmente manifestações de opositores do regime e a publicação nos ‘media’ de notícias sobre violações dos direitos humanos. Segundo estes grupos, o respeito pelos direitos humanos tem vindo a diminuir gradualmente na Zâmbia, desde que o presidente Michael Sata chegou ao poder em 2011, e o número de leis para perseguir opositores e homossexuais tem aumentado.
Os grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que o Malaui devia agregar, nas leis nacionais, a legislação internacional de direitos humanos e auxiliar as minorias sexuais. a SaDC deve empenhar-se para criar as condições para que todos possam beneficiar dos direitos económicos, sociais, cívicos e políticos, refere Deprose Muchena, responsável da amnistia Internacional para a África austral.