é na família que nasce «a cultura do encontro e do diálogo, a abertura à solidariedade e à transcendência», afirma o Papa Francisco numa mensagem ao I Congresso Latino-americano da Pastoral Familiar
é na família que nasce «a cultura do encontro e do diálogo, a abertura à solidariedade e à transcendência», afirma o Papa Francisco numa mensagem ao I Congresso Latino-americano da Pastoral Familiar Está a decorrer no Panamá o I Congresso Latino-americano da Pastoral Familiar que termina no dia 9 de agosto.organizado pelo Conselho Episcopal Latino-americano (CELaM), o encontro tem como tema Família e desenvolvimento social para a vida plena e a comunhão missionária. Numa mensagem lida no início do congresso, o Papa Francisco começou com uma pergunta: O que é a família? E respondeu: É um centro de amor onde reina a lei do respeito e da comunhão, capaz de resistir às manipulações mundanas. a família, é um centro de amor onde ninguém é descartado, mas todos – idosos e crianças – encontram acolhimento. E é na família que nasce a cultura do encontro e do diálogo, a abertura à solidariedade e à transcendência. O Papa ressaltou ainda que a estabilidade e a fecundidade são duas características primordiais do núcleo familiar, ambiente onde se aprendem as relações baseadas no amor fiel até a morte, como o matrimónio, a paternidade, a filiação ou a fraternidade. Quando estas relações formam o tecido basilar de uma sociedade humana – reitera o Papa Francisco – conferem-lhe coesão e consistência. O Santo Padre explicou ainda que o amor familiar é fecundo não somente porque gera nova vida, mas porque alarga os horizontes da existência, gera um mundo novo, faz-nos acreditar, contra todos os desesperos e derrotas, que uma convivência baseada no respeito e na confiança é possível. Referindo que o homem cresce também na sua abertura a Deus como Pai com base na experiência do amor familiar, o Papa cita o Documento de aparecida quando indica que a família não deve ser considerada somente como objeto de evangelização, mas também agente de evangelização, pois nesta se reflete a imagem de Deus que, no seu mistério mais profundo é uma família, e neste modo, permite ver o amor humano como sinal de presença do amor divino. Na família – diz o Papa Francisco – a fé mistura-se com o leite materno. O Santo Padre recordou então, que o gesto de pedir a bênção aos pais – conservado em muitos povos – encerra em si a convicção bíblica que a bênção de Deus se transmite de pai para filho. E ressaltou a importância de encorajar as família a cultivar relações sãs entre os próprios membros, onde se deve saber dizer uns aos outros desculpe, obrigado e por favor, e dirigir-se a Deus com o bonito nome de Pai.