« a realidade da Terra Santa é problemática e causa dificuldades e sofrimentos em tantas pessoas, mas estou convencido que este momento é um desafio», declarou o núncio apostólico em Israel e delegado apostólico na Palestina, Giuseppe Lazzarotto
« a realidade da Terra Santa é problemática e causa dificuldades e sofrimentos em tantas pessoas, mas estou convencido que este momento é um desafio», declarou o núncio apostólico em Israel e delegado apostólico na Palestina, Giuseppe LazzarottoNuma entrevista à agência Misna, Giuseppe Lazzarotto, núncio em Israel e delegado apostólico em Jerusalém e na Palestina, fala de novas feridas que se abriram com a ofensiva Israelita na Faixa de Gaza e das esperanças numa trégua estável, mas sobretudo de um empenho na conversão dos corações, afirmando que o diálogo é possível, mas é preciso querê-lo.
Conhecedor da situação, o prelado não esconde que ela é problemática e causadora de muito sofrimento nas pessoas, mas afirma que os cristãos devem imergir-se na realidade e não colocar-se como espectadores neutrais.
Não podendo intervir diretamente nos aspetos políticos e militares, o único instrumento à nossa disposição é viver este desafio através de gestos quotidianos, como missão para mudar a mentalidade e os corações, os modos de pensar e de agir uns para com os outros, diz o representante da Santa Sé no território.
Diz ele que sem a conversão dos corações, não haverá solução possível. a única possibilidade está no diálogo e no respeito que se baseia num melhor conhecimento recíproco. Só daí pode derivar a capacidade de viver uns ao lado dos outros como irmãos.
Na sua opinião é preciso começar com um trabalho de formação nas escolas, ensinando as crianças a não ver no outro um potencial inimigo. Só deste modo se poderá travar a espiral de ódio e as situações vividas nos últimos dias, causadoras de tantas mortes e tantas feridas que serão precisas gerações inteiras para as curar. Os mecanismos políticos são importantes – conclui Giuseppe Lazzarotto – mas o diálogo é preciso querê-lo. a paz, como disse o Papa Francisco, precisa de gestos corajosos’.