Experiências em vários países da américa Latina comprovam que a agricultura sustentável, com base nos conhecimentos ancestrais, fomenta a economia social e solidária, e combate as alterações climatéricas
Experiências em vários países da américa Latina comprovam que a agricultura sustentável, com base nos conhecimentos ancestrais, fomenta a economia social e solidária, e combate as alterações climatéricas a agroecologia, transformada em forma de viver, é capaz de garantir alimentos seguros, fazer frente às mudanças climáticas, incentivar o comércio justo e o consumo responsável, conclui um estudo divulgado pela agência adital, que se baseia em experiências de sucesso na Guatemala, El Salvador, México, República Dominicana, Honduras, Haiti e Nicarágua. Um dos exemplos citados no documento dá a conhecer o caso dos indígenas da Serra dos Cuchumatanes, na Guatemala, que trocaram a agricultura intensiva pela orgânica, depois de perceberem que os agroquímicos e pesticidas estavam a contaminar as fontes de água e a empobrecer o solo. Em pouco mais de dois anos, a produção orgânica superou os níveis anteriores e a terra vem sendo descontaminada, gerando alimentos com cor, sabor e odor diferentes. Na Nicarágua, país considerado o segundo mais pobre da américa Latina, o programa de agroecologia também está presente e a mudar a vida de várias famílias que vivem da terra. Os agricultores que aderiram à iniciativa mudaram práticas nocivas, como a queima, e, hoje, apostam na diversificação de cultivos e no uso de sementes nativas e fertilizantes orgânicos. apesar do sucesso alcançado, o estudo adverte que os governos da américa Latina precisam de olhar para a agroecologia com mais atenção e perceber os seus reais benefícios e resultados sobre a saúde, a economia, os rendimentos e a vida dos camponeses, deixando de lado o estímulo desenfreado à agricultura ostensiva e à destruição de terras cultiváveis para o fomento ao setor agropecuário exportador.