Há que «fazer prevalecer sempre as razões da paz, através de um diálogo paciente e corajoso», tendo presentes «as lições da história», disse o Papa Francisco

Há que «fazer prevalecer sempre as razões da paz, através de um diálogo paciente e corajoso», tendo presentes «as lições da história», disse o Papa Francisco

Foi depois da oração do angelus deste Domingo, 27 de julho, que Francisco chamou a atenção para a necessidade de parar os ataques entre Israel e Hamas, em Gaza. Que no centro de cada decisão não se ponham os interesses particulares, mas sim o bem comum e o respeito por cada pessoa, advertiu o Papa evocando os 100 anos da I Grande Guerra. De facto amanhã, dia 28, ocorre o centésimo aniversário do deflagrar da I Guerra Mundial, que causou milhões de vítimas e imensas destruições. Esse conflito, que o Papa Bento XVI definiu um massacre inútil, desembocou, ao fim de quatro anos, numa paz que resultou mais frágil. Francisco fez votos de que não se repitam os erros do passado, mas se tenham presentes – isso sim – as lições da história, fazendo sempre prevalecer as razões da paz, mediante um diálogo paciente e corajoso. Foi neste contexto que o Santo Padre evocou as três áreas de crise, da atualidade: Médio Oriente, Iraque e Ucrânia, pedindo que todos se unem à sua oração para que o Senhor conceda às populações e às autoridades daquela zona a sabedoria e a força necessárias para prosseguir com determinação no caminho da paz, enfrentando todos os contrastes com a tenacidade do diálogo e das negociações e com a força da reconciliação. Recordando, em palavras improvisadas, a tragédia especialmente vivida pelas crianças, mortas ou feridas, mutiladas, que não conseguem sorrir, suplicou: Parem, por favor, parem! É tempo de parar!Saudando todos os presentes na Praça de São Pedro, Francisco não esqueceu um grupo de escuteiros portugueses provenientes de Gavião.