Relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento reclama políticas de proteção social mais fortes e a universalidade dos serviços públicos básicos
Relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento reclama políticas de proteção social mais fortes e a universalidade dos serviços públicos básicos Num momento em que o desenvolvimento humano desacelera em todo o mundo, os responsáveis do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) acreditam que pode ser necessário fornecer melhores recursos e serviços aos pobres, excluídos e marginalizados para melhorar as capacidades e escolhas de vida de todos. Esta é pelo menos a convicção de Khalid Malik, diretor do gabinete que elaborou o relatório anual do Desenvolvimento Humano da Organização das Nações Unidas, que estima existirem neste momento 2,2 mil milhões de pessoas pobres ou no limiar da pobreza. O documento, apresentado esta quinta-feira, 24 de julho, defende que a vulnerabilidade persistente ameaça o desenvolvimento e que esse problema precisa de ser resolvido para que o crescimento seja equitativo e sustentável. Nesse sentido, são pedidas políticas mais fortes de proteção social e um regresso ao objetivo do pleno emprego e à universalidade de serviços públicos básicos. Há situações que exigem tratamentos desiguais para criar oportunidades iguais, sustentou Malik, em declarações à agência Lusa. Dos 7,2 mil milhões de pessoas que compõem a população mundial, 1,2 mil milhões vivem com menos de 1,25 dólares por dia (92 cêntimos de euro) e 1,5 mil milhões sofrem de carências de nível de vida, educação e saúde. Outras 800 mil pessoas estão no limiar de se juntarem a este grupo, refere o relatório, apontando três momentos fundamentais para contrariar esta tendência: os primeiros mil dias da vida de uma criança, a transição da escola para o mundo do trabalho e a passagem à reforma.