Uma professora brasileira, de 28 anos, tem sido alvo de ameaças e intimidações por ensinar a Constituição Federal e a Convenção da Organização Internacional do Trabalho às comunidades indígenas Munduruku
Uma professora brasileira, de 28 anos, tem sido alvo de ameaças e intimidações por ensinar a Constituição Federal e a Convenção da Organização Internacional do Trabalho às comunidades indígenas Munduruku Depois de lecionar história durante quatro anos aos indígenas Munduruku, no sudoeste do Pará, no Brasil, a professora Emanuelle Barros enfrenta agora uma situação de insegurança, devido às constantes ameaças e intimidações de que tem sido alvo. Porquê? Porque ousou ensinar aos índios a Constituição Federal e a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê consulta sobre o impacto de grandes empreendimentos e que assegura aos indígenas o ensino da língua materna. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a região é conhecida por ter grupos económicos ligados ao garimpo e que são aliados da prefeitura local. as ameaças contra indígenas são frequentes e, em maio, uma manifestação promovida por garimpeiros e comerciantes contra a presença das comunidades índias, terminou com dois munduruku feridos nas pernas, depois de atingidos com bombas de gás lançadas pelos manifestantes anti-indigenistas.