Milhares de menores são vendidos todos os anos a explorações agrícolas ou para trabalharem nas minas, na prostituição, na venda ambulante ou como escravos domésticos
Milhares de menores são vendidos todos os anos a explorações agrícolas ou para trabalharem nas minas, na prostituição, na venda ambulante ou como escravos domésticos Embora não existam dados oficiais, os missionários Salesianos estimam que todos os anos são vendidas cerca de 400 mil crianças na África Ocidental, para trabalharem em explorações agrícolas, minas, na prostituição, na venda ambulante ou como escravos domésticos. Os menores são vendidos, por norma, por pouco mais de 30 euros. Não há apenas uma causa que explique o tráfico de menores. a pobreza, a desestruturação familiar, a procura de mão de obra barata, os conflitos e a impunidade são circunstâncias comuns que ajudam a entender o problema, explica Juan José Gómez, diretor do centro de acolhimento de menores de Porto Novo (Benin), que assegura a integração de crianças resgatadas aos traficantes de seres humanos. Confrontados diariamente com esta realidade em países como o Benin, a Costa do Marfim, Serra Leoa ou Nigéria, os Salesianos criaram uma campanha, denominada Não estou à venda, para denunciar a situação de escravidão em que vivem milhares de menores. através deste projeto, pretendem sensibilizar a sociedade e pressionar os governos para melhorarem os seus sistemas de proteção e justiça.