Centenas de casos de agressões e de privações de liberdade foram documentados pela amnistia Internacional. a autoria dos crimes é atribuida aos separatistas pró-Rússia, mas o exército ucraniano também é apontado pelo uso excessivo da força
Centenas de casos de agressões e de privações de liberdade foram documentados pela amnistia Internacional. a autoria dos crimes é atribuida aos separatistas pró-Rússia, mas o exército ucraniano também é apontado pelo uso excessivo da força a amnistia Internacional (aI) denunciou esta sexta-feira, 11 de julho, a existência de centenas de casos de sequestros e torturas no leste da Ucrânia, cuja responsabilidade é atribuída aos separatistas pró-Rússia. No relatório divulgado pela organização, é referida também a utilização excessiva da força por parte do exército ucraniano. Deram-me socos, agrediram-me com uma cadeira e com tudo o que encontraram. apagaram cigarros na minha perna e sofri choques elétricos. Demorou muito tempo, até que desmaiei, testemunhou um jovem de 19 anos, sequestrado na cidade de Lugansk. O rapaz integrava as tropas de autodefesa partidárias do regime de Kiev e só foi libertado depois do pai ter pago uma multa equivalente a 45 mil euros. Embora os dados sejam escassos devido ao caos em que mergulhou a região, o documento da aI descreve inúmeros casos de sequestros, extorsões e torturas generalizadas no leste do país, onde os rebeldes pró-Rússia tomaram o controlo de várias cidades há alguns meses, um domínio que tentam agora manter contra o exército ucraniano. a investigação condena ainda o uso excessivo da força por parte das tropas governamentais.