Organização de defesa dos direitos humanos condena a inércia dos militares das Nações Unidas e do exército congolês por não terem impedido o massacre de 30 civis, na República Democrática do Congo
Organização de defesa dos direitos humanos condena a inércia dos militares das Nações Unidas e do exército congolês por não terem impedido o massacre de 30 civis, na República Democrática do Congo Os militares da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) e do exército congolês são acusados pela Human Rights Watch (HRW) de nada terem feito para evitar o assassinato de três dezenas de civis, na localidade de Mutarule, no início do mês passado. a base da força da ONU está apenas a nove quilómetros do local do massacre, houve várias chamadas desesperadas a avisar dos ataques, mas os militares só se aproximaram da povoação dois dias depois da chacina. É preciso determinar o que falhou, afirma anneke van Woudenberg, diretora da HRW para a África. Segundo as investigações da organização de defesa dos direitos humanos, o comandante da MONUSCO na base se Sange admitiu ter recebido chamadas de auxílio, mas alegou ter alertado o comandante das forças congolesas que, por sua vez, lhe terá assegurado que poria ordem nos confrontos. O facto é que nada disso aconteceu. a HRW suspeita, inclusive, que o oficial congolês terá mandado retirar os militares. as acusações de que os soldados próximos do local do massacre receberam ordens diretas para não intervir lançam sérias dúvidas sobre a resposta militar aos ataques, adianta Van Woudenberg, acrescentando que a presença da MONUSCO acaba por dar uma falsa sensação de segurança. O chefe da missão da ONU, por sua vez, apresentou um pedido público de desculpas. É uma situação muito difícil e expresso as minhas desculpas pela inatividade da MONUSCO. Realmente é lamentável. Já tomamos medidas para ter patrulhas noturnas e responder rapidamente às necessidades da população e salvar vidas em incidentes similares, afirmou Martin Kobler, indicado que foi aberta uma investigação ao incidente.