Ninguém poderia ter previsto o conflito horrível que tem assolado o mais jovem país do mundo durante os últimos seis meses. as partes em conflito deviam colocar o país e os seus cidadãos acima de tudo o mais, para restaurar a paz e a estabilidade
Ninguém poderia ter previsto o conflito horrível que tem assolado o mais jovem país do mundo durante os últimos seis meses. as partes em conflito deviam colocar o país e os seus cidadãos acima de tudo o mais, para restaurar a paz e a estabilidade No momento em que a enviada principal da ONU para o Sudão do Sul se prepara para terminar o seu mandato, Hilde F. Johnson antecipa que ninguém podia prever esta guerra civil que ameaça o futuro do país, o mais jovem do mundo. Embora soubesse que ia ser um [processo] com muitas pedras no caminho, difícil e desafiador e que [as autoridades sul-sudanesas] estariam sob pressão significativa, não esperava o que aconteceu nos últimos seis meses – a velocidade, a escala e o alvo do que se desenrolou diante de nossos olhos. Dois anos e meio após a conquista da independência ao Sudão, através de um referendo apoiado pela ONU, o Sudão do Sul enfrenta o seu maior desafio político com a luta entre o Presidente Salva Kiir e o ex-vice-presidente Riek Machar, que se transformou numa guerra plena entre as comunidades Dinka e Nuer em meados de dezembro de 2013. a crise deixou cerca de 1,5 milhões de pessoas deslocadas e colocou mais de sete milhões em risco de fome e de doenças, segundo a ONU. Outros 100 mil civis fugiram para as bases da Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS) por todo o país, levando a missão a tomar a decisão sem precedentes de abrir as suas portas para aqueles que procuram proteção.