Os líderes do principal partido da oposição querem ficar com o centro e norte de Moçambique, caso não cheguem a um entendimento político com o governo, para acabar com a atual tensão político-militar
Os líderes do principal partido da oposição querem ficar com o centro e norte de Moçambique, caso não cheguem a um entendimento político com o governo, para acabar com a atual tensão político-militar O ambiente de coabitação política entre a FRELIMO [no governo] e a RENaMO [principal partido da oposição] é politicamente insustentável neste momento. É dentro deste quadro que, por imperativo de paz, achamos melhor que a FRELIMO fique no sul do país, a partir do rio Save, e a RENaMO no centro e norte, afirmou Maria Inês, membro do Conselho Nacional do partido liderado por afonso Dhlakama. a divisão do país foi defendida igualmente por Manuel Bissopo, secretário-geral da RENaMO, no encerramento da reunião magna do partido. Se o governo da FRELIMO resistir, achando-se dono deste país, em detrimento do sofrimento de milhões e milhões de moçambicanos que clamam por uma paz e democracia efetivas, a RENaMO decidiu, neste conselho, que fica melhor separarmo-nos, o que deixará de criar luto no seio das famílias moçambicanas, disse o dirigente, citado pela agência de Informação de Moçambique. Entretanto, afonso Dhlakama prometeu sair em breve das matas da Gorongosa e manifestou a intenção de participar nas próximas eleições gerais, agendadas para 15 de outubro. O líder da RENaMO está em parte incerta desde que o acampamento onde vivia foi atacado pelas forças de segurança e defesa, em outubro do ano passado. Os membros do Conselho Nacional indicaram-no como candidato às presidenciais.