Mais de metade dos futebolistas presentes no Campeonato do Mundo de Futebol, no Brasil, estão fora dos países que representam. Há seleções que têm apenas um jogador, no lote de 23, a jogar em território nacional
Mais de metade dos futebolistas presentes no Campeonato do Mundo de Futebol, no Brasil, estão fora dos países que representam. Há seleções que têm apenas um jogador, no lote de 23, a jogar em território nacional Diego Costa nasceu no Brasil, vive em Espanha e joga pela seleção Espanhola. Miroslav Klose nasceu na Polónia, vive em Itália e joga pela alemanha. Cristiano Ronaldo nasceu em Portugal e joga em Espanha. Estes são apenas três dos muitos exemplos que se podem encontrar no Campeonato do Mundo de Futebol, que se disputa no Brasil, e que ilustram bem o fenómeno das migrações no mundo do futebol. Segundo um estudo da organização Pew Research Center, dos 736 jogadores presentes na prova, 476 (65 por cento) são migrantes e passam o ano a jogar por clubes fora dos países que representam. Nos casos da Bósnia Herzegovina, Gana, Costa do Marfim e Uruguay, apenas um jogador no lote dos 23 convocados joga no país de origem. Há ainda a salientar que 78 jogadores nasceram fora dos países que estão a representar no Brasil. a equipa argelina, por exemplo, tem 15 jogadores nascidos em França. E a Suíça apresenta-se com seis atletas nascidos fora do país, onde os recentes resultados eleitorais deram um sinal claro contra a imigração. Para a Pew Research Center (PRC), estes jogadores são migrantes laborais de elite. Emigram por eleição, mas também de forma segura e legal, o que lhes permite realizar os seus sonhos. Este acesso à mobilidade extraordinária, alcançado pelo seu talento especial, servem para destacar o que pode ser a migração e a situação de milhões de pessoas menos afortunadas. Por isso, os responsáveis da PRC consideram que as estrelas do Campeonato do Mundo do Brasil estão a jogar por todos os migrantes do planeta.