Responsável das Nações Unidas condenou a execução em massa «a sangue frio», relatada nos últimos dias. Já o secretário-geral da ONU pediu que os autores dos crimes sejam levados à justiça e que os líderes do país evitem represálias sectárias
Responsável das Nações Unidas condenou a execução em massa «a sangue frio», relatada nos últimos dias. Já o secretário-geral da ONU pediu que os autores dos crimes sejam levados à justiça e que os líderes do país evitem represálias sectárias a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, disse que funcionários da ONU e de outras fontes no terreno relataram as execuções de centenas de iraquianos após a captura de Mosul e de outros centros urbanos por forças do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL), na semana passada, incluindo soldados desarmados, assim como líderes religiosos e outros civis. Com base em relatórios corroborados por uma série de fontes, parece que centenas de homens não combatentes foram sumariamente executados ao longo dos últimos cinco dias, incluindo soldados que se renderam ou foram capturados, recrutas militares, polícias e outros [civis] relacionados com o governo, avançou Navi Pillay. Embora os números não possam ser confirmados, esta série aparentemente sistemática de execuções a sangue-frio, a maioria realizada em vários locais na região de Tikrit, podem equivaler a crimes de guerra, sublinhou a alta comissária. Entre os que terão sido executados pelo ISIL está o imã da Grande Mesquita em Mosul, morto a 12 de junho, e 12 outros imãs locais no dia 14 de junho.