Comissão Justiça e Paz reuniu representantes dos partidos candidatos às próximas eleições gerais, no âmbito do curso para agentes de Justiça e Paz da diocese de Inhambane
Comissão Justiça e Paz reuniu representantes dos partidos candidatos às próximas eleições gerais, no âmbito do curso para agentes de Justiça e Paz da diocese de Inhambane a necessidade dos católicos, enquanto cidadãos responsáveis, se envolverem mais na preparação das eleições gerais de Moçambique, à luz da doutrina social da Igreja, levou a Comissão Justiça e Paz a promover um curso sobre o tema, no Centro Catequético do Guiúa, com a participação de elementos dos partidos concorrentes. a ação de formação, que os participantes devem replicar em encontros semelhantes nas suas paróquias, tem como objetivo ajudar ao exercício de uma cidadania ativa, ética e responsável no contexto do processo eleitoral, seguindo o apelo dos bispos de Moçambique, que exortaram as comunidades cristãs a acompanhar de perto o processo de consolidação da democracia para preservar a paz. O encontro, realizado a semana passada, começou com uma análise crítica da realidade, partindo do olhar e do sentir dos bispos, manifestados na Carta Pastoral publicada em 2012 por ocasião do 20 anos da paz em Moçambique. Foram feitas também referências aos acontecimentos que marcam o momento atual: como os ataques, mortes, agressões, votação dos salários e regalias da presidência e dos deputados. Perante a dolorosa realidade partilhada, procurou-se luz para iluminar e orientar a ação da Igreja para a construção de um Moçambique melhor. Um dos pontos altos do curso verificou-se no painel que juntou os representantes dos três maiores partidos moçambicanos – FRELIMO, RENaMO e MDM -, a quem foi pedida a apresentação dos programas eleitorais. Cada partido partilhou o seu programa sem polémica. Depois houve a possibilidade dos participantes colocarem questões. Na generalidade, os partidos foram confrontados com os diversos problemas que, na opinião dos participantes, não ajudam a construir um Moçambique melhor e que alimentam o desencontro e a violência. No final das intervenções e testemunhos, a Comissão Diocesana de Justiça e Paz redigiu uma declaração que foi apresentada à assembleia, documento que teve aceitação unânime. Foi então decidido entregar uma cópia a cada um dos partidos políticos. a ideia chave desta declaração é o desejo que os representantes eleitos serem porta-vozes das necessidades mais urgentes do povo moçambicano.