Mais de 100 mil menores refugiados sírios foram forçados a deixar a escola e a trabalhar, por vezes 12 horas por dia, para ajudar à sobrevivência das suas famílias
Mais de 100 mil menores refugiados sírios foram forçados a deixar a escola e a trabalhar, por vezes 12 horas por dia, para ajudar à sobrevivência das suas famílias a falta de homens em grande parte das famílias sírias que se refugiaram na Jordânia e no Líbano está a fazer com que os menores se vejam obrigados a deixar os estudos e a procurar trabalho para ajudar ao sustento do agregado familiar. Segundo a organização não governamental Care, neste momento mais de 100 mil crianças refugiadas estão no mercado de trabalho, algumas delas com uma carga laboral de 12 horas por dia. Cerca de 36 por cento das famílias registas na Care são encabeçadas por mulheres. Sem recursos nem cabeça de casal varão e capaz para trabalhar, os menores têm que ajudar a família a sobreviver e, por isso, abandonam a escola, explicou a diretora da organização francesa na Jordânia, Salam Kanaan. a responsável lamentou ainda o impacto social e psicológico para as crianças, pois muitas delas trabalham em condições muito difíceis recolhendo sucata ou plástico em obras de construção. Trabalhar 12 horas por dia, todos os dias da semana, em condições próximas da exploração, deixa uma cicatriz adicional no coração dos menores já traumatizados pela guerra, sublinhou Kanaan. Para evitar que as crianças tenham que trabalhar, a Care está a oferecer dinheiro a algumas famílias. No caso da Jordânia, durante os próximos 10 meses, um total de 100 famílias receberão 73 euros para substituir o dinheiro que os menores deveriam ganhar. ao mesmo tempo, os agregados familiares estão a receber formação para procurarem fontes de rendimento alternativas, revela a Europa Press.