Milhares de mulheres e crianças que fogem de território centro-africano para os Camarões chegam num «estado chocante», desnutridas e gravemente doentes, alertaram responsáveis de duas agências humanitárias das Nações Unidas
Milhares de mulheres e crianças que fogem de território centro-africano para os Camarões chegam num «estado chocante», desnutridas e gravemente doentes, alertaram responsáveis de duas agências humanitárias das Nações UnidasOs fundos estão quase esgotados e há centenas de milhares de pessoas da República Centro-africana (RCa) que podem morrer, a menos que sejam recebidas as contribuições urgentes já pedidas pelo alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR) e pelo Programa alimentar Mundial (PaM). Todos devemos atuar agora ou mais crianças vão sofrer desnecessariamente. Temos de intervir para salvar vidas e prevenir um agravamento da situação, avisaram o diretor executivo do PaM, Ertharin Cousin, e o alto comissário para os Refugiados, antónio Guterres. Os refugiados da RC a foram chegando aos Camarões desde o início de dezembro. agora estão a chegar a uma média de até duas mil pessoas por semana, a maioria deles mulheres e crianças, segundo uma nota de imprensa conjunta emitida pelo PaM e pelo aCNUR. Com base no que relataram os funcionários das agências, muitos dos refugiados caminharam semanas, até meses, através do mato, para chegar aos Camarões, atravessando mais de 30 pontos de entrada ao longo de um percurso de 700 quilómetros de fronteira, a que o aCNUR apelidou de uma jornada de fome e morte.