Ter o dom da piedade é saber «chorar com quem chora, estar próximo de quem está só ou angustiado, corrigir quem está no erro, consolar quem está aflito, acolher quem passa necessidades», disse hoje Francisco

Ter o dom da piedade é saber «chorar com quem chora, estar próximo de quem está só ou angustiado, corrigir quem está no erro, consolar quem está aflito, acolher quem passa necessidades», disse hoje Francisco

Perante cerca de 40 mil fiéis, na audiência geral desta quarta-feira, dia 4 de Junho, o Papa Francisco retomou a sua catequese sobre os dons do Espírito Santo. Falou do dom da piedade, o dom que, na sua opinião, muitas vezes é incompreendido ou considerado de modo superficial. Diz o Pontífice que este dom não se identifica com sentir compaixão por alguém, mas indica uma pertença a Deus, é o elo profundo que nos une com Ele e dá sentido à nossa vida: a piedade faz crescer na relação e na comunhão com Deus, ao mesmo tempo que nos ajuda a dirigir este amor também aos outros de modo a ser movidos por sentimentos de piedade, não de pietismo!Porque algumas pessoas pensam – continuou o Papa – que ter piedade é fechar os olhos e fazer cara de santo. Fazer de conta que é um santo. Mas isso não é o dom da piedade, sublinhou. Mas, se pelo contrário, formos capazes de nos alegrarmos com quem se alegra, chorar com quem chora, estar próximo de quem está só ou angustiado, corrigir quem está no erro, consolar quem está aflito, acolher quem passa necessidade, isso sim. Há uma relação muito estreita entre o dom da piedade e da mansidão, que nos faz tranquilos, pacientes, em paz com Deus: a serviço com mansidão dos outros. Deixando uma saudação aos peregrinos oriundos de angola, do Brasil e de outros países de língua portuguesa, Francisco concluiu: Diante dos desafios e dificuldades da vida, peçamos ao Senhor o dom da piedade, para que possamos permanecer sempre firmes no testemunho alegre da nossa fé cristã.