Relatório das Nações Unidas à situação da Síria no último trimestre de 2013 revela que três quartos da população vive na pobreza, e mais de metade enfrenta uma situação de pobreza extrema
Relatório das Nações Unidas à situação da Síria no último trimestre de 2013 revela que três quartos da população vive na pobreza, e mais de metade enfrenta uma situação de pobreza extrema O conflito armado na Síria, que dura há mais de três anos, já fez com que 11 milhões de pessoas perdessem a sua principal fonte de rendimento e quase 2,7 milhões tenham ficado sem emprego, o que faz com que 53,4 por cento da população viva atualmente numa situação de pobreza extrema, segundo o mais recente relatório das Nações Unidas, elaborado com base nos dados do último trimestre de 2013. De acordo com o estudo, o aumento galopante da inflação está a contribuir para o agravamento da situação de uma população desempregada, pobre e desesperada, a que se junta o avolumar da dívida pública, que alcançou 126 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) devido às importações de petróleo e matérias primas essenciais. Para os autores do relatório, o desenvolvimento humano na Síria retrocedeu o equivalente a quatro décadas, com especial incidência nas camadas mais jovens que se veem impedidas de frequentar o ensino. Em finais do ano passado, perto de 4. 000 escolas estavam sem funcionar, por terem sido destruídas, danificadas ou por albergarem deslocados. O sistema de assistência humanitária sofreu também um duro retrocesso, com a destruição de hospitais e centros médicos, a partida de pessoal qualificado e o colapso da indústria farmacêutica. ao mesmo tempo, e ainda de acordo com as Nações Unidas, o conflito tem criado novas elites políticas e económicas que usam redes nacionais e internacionais para negociar armas, matérias primas e pessoas, de forma ilegal.