Cessar-fogo acordado entre o governo e três grupos rebeldes do norte do Mali parece estar assegurado, informaram as Nações Unidas. Que deixaram um alerta para a recente violência letal na cidade de Kidal que desalojou cerca de quatro mil pessoas
Cessar-fogo acordado entre o governo e três grupos rebeldes do norte do Mali parece estar assegurado, informaram as Nações Unidas. Que deixaram um alerta para a recente violência letal na cidade de Kidal que desalojou cerca de quatro mil pessoas as quatro mil pessoas desalojadas em Kidal, cidade descrita como um ponto de inflamação, precisam desesperadamente de comida, água e outros bens, apontou a ONU. Segundo um porta-voz da organização em Nova Iorque (EUa), a trégua foi assinada na última sexta-feira, 23 de maio, entre as autoridades do Mali e os grupos envolvidos na guerra em Kidal – o Movimento Nacional para a Libertação de azawad (MNLa), o alto Conselho para a Unidade dos azawad (HCUa) e o Movimento Árabe de azawad (Maa) – depois de uma mediação conduzida pelo representante especial do secretário-geral da ONU no Mali, albert Koenders, e o Presidente da Mauritânia e atual presidente da União africana, Mohamed Ould abdel aziz. Com este acordo, as partes signatárias aceitaram regressar ao acordo Preliminar de Ouagadougou e iniciar as negociações o mais rapidamente possível, sublinhou Stéphane Dujarric, acrescentando que o cessar-fogo também inclui componentes importantes, como a libertação de prisioneiros, a facilitação do acesso humanitário e o lançamento de uma comissão internacional de inquérito sobre os incidentes em Kidal. Os confrontos tiveram lugar entre combatentes tuaregues e forças governamentais em Kidal, no fim de semana de 17 e 18 maio, durante manifestações quando de uma visita à cidade do norte do Mali do primeiro-ministro Moussa Mara. Dezenas de pessoas foram mortas nos combates e escaramuças que se seguiram, durante a semana passada, ameaçando corroer os progressos feitos pelo Governo nos últimos dois anos, desde que uma revolta no Norte do Mali se seguiu de um golpe de Estado na capital, Bamako.