O lucro anual gerado pelo trabalho escravo atinge os 109 mil milhões de euros, segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho. Mais de metade das vítimas são mulheres e adolescentes
O lucro anual gerado pelo trabalho escravo atinge os 109 mil milhões de euros, segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho. Mais de metade das vítimas são mulheres e adolescentes apesar dos progressos alcançados na redução do trabalho escravo imposto pelos Estados, milhões de pessoas continuam a ser submetidas a atividades laborais forçadas no sector privado. Só na américa Latina e Caribe estima-se que 1,3 milhões de trabalhadores se encontram em condições que violam os direitos humanos, de acordo com um estudo divulgado esta semana pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo o documento, o lucro gerado pelas práticas de trabalho forçado na américa Latina ronda dos 8,7 mil milhões de euros. Grande parte desse valor (mais de sete mil milhões), é proveniente da exploração sexual, onde cerca de 400 mil pessoas trabalham em condições de escravidão. O sector que mais pessoas explora é o da agricultura, mas é também o que menos receitas gera. a nível mundial, os lucros atingem os 109 mil milhões de euros. É um negócio enorme, que não é bom para ninguém pois ao serem gerados por atividades criminosas, os proveitos não beneficiam os governos, porque não recebem impostos, nem as vítimas, por razões óbvias, nem as demais empresas que respeitam a lei, que são colocadas em desvantagem e não podem competir com isso, alertou o representante da OIT, Houtan Homayounpour.