Os alimentos não saudáveis são uma «ameaça à saúde», afirma Oliver De Schutter, relator especial das Nações Unidas sobre o direito à alimentação. O responsável pretende que os países se unam para fomentar e incentivar uma dieta adequada
Os alimentos não saudáveis são uma «ameaça à saúde», afirma Oliver De Schutter, relator especial das Nações Unidas sobre o direito à alimentação. O responsável pretende que os países se unam para fomentar e incentivar uma dieta adequadaO relator especial da Organização das Nações Unidas sobre direito à alimentação, Oliver De Schutter, quer um acordo global para regular os alimentos não saudáveis. Segundo este responsável, citado pela Rádio ONU, esses alimentos representam, atualmente, uma ameaça à saúde maior do que os produtos derivados do tabaco. assim como os países se uniram para regular os riscos do tabaco, também devem juntar-se em prol de uma dieta adequada, considera Oliver De Schutter.
Já na próxima quinta-feira, 22, será lançado um guia com recomendações para a Convenção Global para Promover e Proteger Dietas Saudáveis, que vai realizar-se em Genebra. Segundo o relator especial das Nações Unidas, apesar do aumento dos sinais preocupantes e das conhecidas ações prioritárias, a comunidade internacional continua a não dar atenção suficiente à epidemia de obesidade e dietas não saudáveis.
Embora Oliver De Schutter tenha apresentado, há dois anos, um relatório sobre nutrição e direito à alimentação, e apesar de há dez anos a Organização Mundial da Saúde ter lançado a Estratégia global sobre dieta e atividade física, a obesidade continuou a avançar, tal como a diabetes, as doenças do coração e outras complicações de saúde.
No relatório entregue ao Conselho de Direitos Humanos em 2012, Oliver De Schutter indicou cinco ações prioritárias que deveriam ser tomadas pelos países. Ele pediu que os governos aplicassem mais impostos sobre os alimentos não saudáveis e que regulassem as comidas ricas em gorduras saturadas, sal e açúcar.
Oliver De Schutter pediu também que as autoridades combatessem os anúncios das cadeias de comida rápida. as duas últimas prioridades dizem respeito aos subsídios agrícolas e mais apoio à produção de alimentos locais. Para o relator especial das Nações Unidas, as tentativas para promover dietas saudáveis só vão funcionar se os sistemas de alimentação que sustentam esse movimento forem corretos.