Os últimos dados divulgados pelo Centro de Seguimento de Deslocados Internos revelam que o número de pessoas afetadas pelas crises atingiu os 33,3 milhões de pessoas. Na Síria, a cada minuto uma família é obrigada a fugir de casa
Os últimos dados divulgados pelo Centro de Seguimento de Deslocados Internos revelam que o número de pessoas afetadas pelas crises atingiu os 33,3 milhões de pessoas. Na Síria, a cada minuto uma família é obrigada a fugir de casa Os números são assustadores e não páram de aumentar. Segundo o último relatório do Centro de Seguimento de Deslocados Internos – IDMC na sigla em inglês -, em finais de 2013, o número de pessoas que foram obrigadas a fugir de casa e a procurar refúgio noutras regiões do seu país tinha atingido os 33,3 milhões. Só o Paquistão tinha quase 750 mil deslocados internos, um quarto dos 3,2 milhões de deslocados que se registou na Ásia nesse ano. Na Índia, o total de deslocados internos foi de 526 mil pessoas, mais 64 mil do que no ano de 2012, fazendo com que perto de meio milhão de indianos viva deslocado, em média, há mais de 10 anos. Na Síria, a situação também continua dramática. as famílias são obrigadas a fugir de casa ao ritmo de uma por minuto e o país já bateu o recorde mundial no número de deslocados num só conflito. Depois da Síria, os países com maior número de deslocados internos em 2013 foram a República Centro-africana e a República Democrática do Congo (RDC), com quase um milhão de casos cada um. O relatório demonstra, aliás, que a Síria, em conjunto com outros quatro países – Colômbia, Nigéria, RDC e Sudão – representam dois terços do total mundial no que toca a deslocados internos. Estas pessoas estão em crise absoluta. Não estão protegidas e não têm assistência. São as mais vulneráveis da raça humana. a situação é pior que o momento mais obscuro dos anos 1990, durante o genocídio na Bósnia, nos Balcãs, no Ruando e no Congo. Desde o ano 2000 houve um crescimento constante de deslocados internos, mas os dois últimos anos têm sido os piores, lamentou Jan Egeland, diretor do Conselho Norueguês para os Refugiados, durante a apresentação do relatório.