arcebispo da Cidade do Cabo, África do Sul, escreveu um texto a pedir que o Sri Lanka seja mantido fora do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, devido ao seu historial de torturas e desaparecimentos
arcebispo da Cidade do Cabo, África do Sul, escreveu um texto a pedir que o Sri Lanka seja mantido fora do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, devido ao seu historial de torturas e desaparecimentos Com um terrível recorde de torturas e desaparecimentos, o Sri Lanka não merece integrar o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Devia manter-se fora, afirmou Desmond Tutu, arcebispo da Cidade do Cabo (África do Sul) e Prémio Nobel da Paz, num texto de opinião publicado no jornal britânico The Guardian, a propósito do pedido do país asiático para se manter naquele organismo, que será votado em Nova Iorque, no próximo dia 21 de maio. É óbvio que um país que tortura e sequestra o seu próprio povo não tem direito a fazer parte de um grupo, líder a nível mundial, na defesa dos direitos humanos. O governo do Sri Lanka, desde que entrou no Conselho, há dois anos, não conseguiu cumprir com os compromissos de defender as normas em matéria de direitos humanos nem de cooperar com as Nações Unidas, sublinhou o prelado. Segundo Desmond Tutu, a situação dos direitos humanos tem vindo a piorar no Sri Lanka, devido aos sistemáticos abusos das autoridades. as forças de segurança retiram sumariamente os cidadãos de suas casas e da família, a meio da noite, e não se sabe mais nada deles. Crescem as notícias de torturas e execuções extrajudiciais, escreveu o arcebispo. Para o Prémio Nobel da Paz, conseguir derrotar a candidatura do Sri Lanka seria um consolo para o povo e uma forma de pressão internacional sobre o governo, para que respeite os direitos humanos e aceite a monitorização dos direitos humanos das Nações Unidas, uma medida até agora recusada.