Numa região pobre do México, as crianças e adolescentes indígenas estão a abandonar a escola devido ao trabalho e casamento precoce
Numa região pobre do México, as crianças e adolescentes indígenas estão a abandonar a escola devido ao trabalho e casamento precoceNo estado de Iucatão, no México, crianças e adolescentes indígenas não veem os seus direitos fundamentais serem respeitados devido às condições de pobreza em que vivem. Segundo a Comissão dos Direitos Humanos de Iucatão, nesta região concentra-se uma grande parte da população indígena de todo o país (59,2 por cento), estimando-se que 76,1 por cento vivam em condições de pobreza. Entre a população pobre, os menores são os mais desfavorecidos. O índice de analfabetismo é quatro vezes maior do que a média nacional (mais de 26 por cento da população com mais de 15 anos). Muitas crianças indígenas abandonam as aulas por serem obrigadas a trabalhar, alerta a agência Fides. De acordo com um estudo sobre trabalho infantil do Instituto Nacional de Estatística Geográfica e Informática, 36 por cento dos menores entre os 6 e 14 anos de idade trabalham, o dobro em relação à média nacional, que é de 15,7 por cento. Outro fator que contribui para o abandono escolar é o casamento precoce das raparigas, que se casam antes de completar 15 anos (quase cinco por cento).