Estudo da Organização Internacional do Trabalho revela que na África ocidental há perto de 1,8 milhões de crianças a trabalhar nas plantações de cacau. a maior parte dos menores é obrigada a laborar mais de 12 horas por dia
Estudo da Organização Internacional do Trabalho revela que na África ocidental há perto de 1,8 milhões de crianças a trabalhar nas plantações de cacau. a maior parte dos menores é obrigada a laborar mais de 12 horas por diaDe um total de 1,8 milhões de crianças envolvidas no trabalho das plantações de cacau na África ocidental, apenas 284 mil são consideradas trabalhadores, e a grande maioria vive com um rendimento que as obriga a estar abaixo da linha da pobreza, revela um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT). a situação mais preocupante verifica-se na Costa do Marfim, principal produtor de cacau, onde mais de 12 mil crianças vivem em condições análogas à escravidão. a produção mundial de cacau atinge neste momento os quatro milhões de toneladas. Mas para os produtores vai apenas uma ínfima parte dos rendimentos, pois do custo de uma barra de chocolate recebem somente entre três a seis por cento do preço final. Mais de 90 por cento da produção mundial vem de plantações familiares, das quais dependem cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. a Costa do Marfim, Gana, Indonésia, Nigéria e Camarões concentram 82 por cento da safra mundial. Segundo informações da agência Fides, os produtores destes países vivem abaixo da linha da pobreza. a Europa consome quase metade do chocolate produzido em todo o mundo (48 por cento), seguida da américa do Norte (20 por cento), Ásia (15 por cento) e américa Latina (9). Para alertar a população portuguesa para o drama das crianças da Costa do Marfim que trabalham em campos de cacau e por isso não podem frequentar a escola, a organização Inspirit, dos Missionários da Consolata, está a desenvolver uma campanha de angariação de fundos para a construção de cinco escolas. No âmbito deste projeto, foi desenvolvida recentemente uma ação de rua, em que as pessoas foram convidadas a provar uma marca de chocolate quente fictícia, tão amarga que se tornava impossível de beber. após experimentarem o cacau quente Inspirit, foram confrontadas com a mensagem: amarga é a vida das crianças que trabalham nos campos de cacau. Logo de seguida foram convidadas a conhecer e a contribuir para o projeto.