Com milícias rivais cristãs e muçulmanas a alimentarem a violência intercomunitária e espalhando o medo pelo país, ONU pede à comunidade internacional que mantenha promessas em garantir segurança e recursos a centro-africanos
Com milícias rivais cristãs e muçulmanas a alimentarem a violência intercomunitária e espalhando o medo pelo país, ONU pede à comunidade internacional que mantenha promessas em garantir segurança e recursos a centro-africanosas Nações Unidas avançaram com um pedido à comunidade internacionalpara aliviar a crise e evitar que a República Centro-africana (RCa) se divida em linhas religiosas, num momento em que milícias rivais cristãs e muçulmanas alimentam violência intercomunitária e espalham o medo pelo país.

acabado de chegar de Boda, uma cidade situada no sul da RCa, John Ging , diretor de operações do gabinete da ONU para a Coordenação de assuntos Humanitários (OCHa), disse que, enquanto a situação no país se está a deteriorar num ritmo alarmante, a RC a também foi atingida por uma mudança profundamente preocupante nas atitudes das pessoas desde a sua última visita há três meses.

Primeiro e antes do mais, o que temos a fazer é lutar contra o medo que está a atingir a população; [os centro-africanos] estão consumidos pelo medo e pela desesperança e veem grupos armados a conduzirem ataques com impunidade de ambos os lados.

Quando estive aqui antes, as pessoas dos grupos armados [milicianos anti-Balaka’ ou rebeldes da Séléka] eram identificadas como o problema. agora, a ideia comum é que são as comunidades que estão em falta: cristãos e muçulmanos culpando-se [entre si]. Esta é agora o rosto feio do conflito, avaliou perante jornalistas numa conferência de imprensa, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque (EUa).