O Sudão do Sul está próximo de uma tragédia avisou a responsável das Nações Unidas para os direitos humanos ao apelar aos líderes sul-sudaneses que abandonem a «luta pessoal pelo poder» e conduzam o país à estabilidade
O Sudão do Sul está próximo de uma tragédia avisou a responsável das Nações Unidas para os direitos humanos ao apelar aos líderes sul-sudaneses que abandonem a «luta pessoal pelo poder» e conduzam o país à estabilidadeOs líderes políticos do Sudão do Sul devem orientar o seu país empobrecido e maltratado pela guerra a caminho da estabilidade e não alimentar uma luta pessoal pelo poder.

Quanto pior tem de ficar o país, antes que aqueles que podem decidam pôr termo a este conflito?, questionou-se a alta comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, referindo-se especialmente ao presidente [Salva] Kiir e [ao seu opositor Riek] Machar, numa conferênca de imprensa na capital sul-sudanesa, Juba.

Numa visita de três dias ao Sudão do Sul, Navi Pillay, e o assessor especial das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio, adama Dieng, puderam constatar as consequências do conflito entre as forças leais a Kiir e a Machar, o ex-vice-presidente, que foi demitido pelo presidente no ano passado, abrindo caminho ao regresso da guerra à mais jovem nação do mundo.

a mistura mortífera de recriminação, discurso de ódio e mortes por vingança, que se desenvolveram incansavelmente ao longo dos últimos quatro meses e meio, parece estar a atingir o ponto de ebulição, e estou cada vez mais preocupada com o facto de nem os líderes políticos do Sudão do Sul, nem a comunidade internacional em geral parecer entender muito bem como a situação agora é perigosa, avisou Navi Pillay.