Num julgamento ultra-rápido, como o classificou a amnistia Internacional, o mesmo juiz egí­pcio que já tinha condenado à morte 528 cidadãos do país sentenciou agora mais 683 a serem executados, incluindo o líder espiritual da Irmandade Muçulmana
Num julgamento ultra-rápido, como o classificou a amnistia Internacional, o mesmo juiz egí­pcio que já tinha condenado à morte 528 cidadãos do país sentenciou agora mais 683 a serem executados, incluindo o líder espiritual da Irmandade MuçulmanaNão há margem para dúvidas sobre a extensão e dureza desta sentença. Este novo veredicto é o mais duro que foi recentemente documentado pela amnistia Internacional em qualquer parte do mundo. a velocidade e a escala destas condenações em massa sublinham como o sistema judicial egípcio se tornou arbitrário após a repressão do governo liderado pelos militares sobre dissidentes políticos.

Perante esta segunda vaga de condenações, a amnistia Internacional entende que é hora de agir e exortar as autoridades egípcias a anularem a sentença em massa e solicitar novos julgamentos justos.

De acordo com os dados fornecidos pela organização de direitos humanos, ao mesmo tempo que se pronunciou sobre este caso, o juiz em causa reafirmou as sentenças de morte para 37 pessoas, no caso anterior, que envolve mais 528 egípcios. E impôs termos de prisão perpétua para os outros 491 indivíduos.