Conferência Episcopal manifesta-se preocupada com elevado número de linchamentos no país. O fenómeno tem vindo a alastrar nos últimos dias e está associado ao clima de insegurança sentido pela população

Conferência Episcopal manifesta-se preocupada com elevado número de linchamentos no país. O fenómeno tem vindo a alastrar nos últimos dias e está associado ao clima de insegurança sentido pela população
Os bispos da argentina, através da Conferência Episcopal, desejam expressar a sua preocupação pelo elevado número de linchamentos e pelo fazer justiça com as próprias mãos fora dos mecanismos que estão normalmente envolvidos em questões de segurança, afirmou o bispo da diocese de Posadas, Juan Rubén Martinez, numa reação ao aumento dos atos de violência das milícias populares contra suspeitos de crimes, um pouco por toda a argentina. Segundo o prelado, os linchamentos revelam um mal-estar social e demonstram que cada vez mais pessoas se sentem frágeis e indefesas. É clara a ligação com a droga, porque há muitos que roubam para obtê-la. Mas não se trata somente de um problema de formação dos jovens, também há problemas na administração da justiça, adiantou Rúben Martinez. Um dos últimos casos tornado público aconteceu em Garupá, no passado fim de semana. Um grupo de 50 moradores agrediu até à morte um alegado membro de um gangue criminoso que atuava na área, sem que a polícia tomasse posição. até agora, há mais de 10 linchamentos registados, mas suspeita-se que este número seja muito superior, pois nem todos têm sido comunicados às autoridades.