Responsáveis da ONU apelaram ao governo congolês para intensificar a luta contra a impunidade de violações e violência sexual, que permanecem generalizadas. Pedidas investigações eficazes e independentes e julgamento de autores materiais e morais
Responsáveis da ONU apelaram ao governo congolês para intensificar a luta contra a impunidade de violações e violência sexual, que permanecem generalizadas. Pedidas investigações eficazes e independentes e julgamento de autores materiais e morais Na República Democrática do Congo (RDC), grande parte dos casos de violações e violência sexual permanece impune, apesar de alguns progressos verificados na responsabilização dos seus autores. apesar do aumento do número de processos contra agentes do Estado por violência sexual, nos últimos anos, ainda há um longo caminho a percorrer na luta contra a impunidade por violência sexual na RDC, sublinhou a alto comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay. apelo ao governo para dar prioridade à luta contra a impunidade nos crimes de violência sexual, para avançar prontamente com investigações eficazes e independentes, e julgar os supostos autores, incluindo os suspeitos de terem a responsabilidade de comandar [esses atos], afirmou, colocando assim no mesmo patamar autores materiais e morais destas práticas criminosas. O apelo surge na sequência da divulgação pelo gabinete de Direitos Humanos das Nações Unidas na RDC (UNJHRO) de um relatório detalhado que documenta vários incidentes graves de violência sexual no país, com mais de 3600 vítimas registadas pelo gabinete entre janeiro de 2010 e dezembro de 2013. O relatório também ilustra a natureza sistemática de alguns incidentes de violência sexual, particularmente nas regiões orientais do país, com um grande número de casos cometidos nas casas ou nos campos em que as mulheres estão a trabalhar, ou quando se deslocam ao mercado ou procuram água.