Relatório final da reunião dos ministros africanos da economia e finanças revela que os países de África perdem todos os anos mais de 36 mil milhões de euros por causa da corrupção, da evasão fiscal e dos negócios ilí­citos
Relatório final da reunião dos ministros africanos da economia e finanças revela que os países de África perdem todos os anos mais de 36 mil milhões de euros por causa da corrupção, da evasão fiscal e dos negócios ilí­citos Os fluxos financeiros ilícitos provocam consequências sérias no desenvolvimento de África, sendo a mais importante a perda de recursos que poderiam ser utilizados para financiar os serviços públicos, incluindo as infraestruturas, a educação e saúde, refere o relatório final da sétima reunião de ministros africanos da economia e finanças, divulgado esta semana. O documento estima que os negócios ilegais, associados à corrupção e à evasão fiscal, desviem dos cofres dos países africanos cerca de 50 biliões de dólares – mais de 36 mil milhões de euros – por ano. Lutar eficazmente contra os movimentos financeiros ilegais provenientes de África exige um compromisso político e uma liderança forte, seja em África, seja no resto do mundo, adianta o relatório, elaborado por um grupo de trabalho presidido pelo ex-chefe de Estado sul-africano, Thabo Mbeki. Recentemente, os bispos da África do Sul, Suazilândia e Botswana denunciaram as consequências nefastas deste problema, ao afirmarem que a corrupção é um furto contra os pobres, recorda a agência Misna.